domingo, 2 de maio de 2010

ENTREVISTA COM A CINEASTA CARIOCA CAROLINA PAIVA


Começou em 1996 realizando um documentário dentro da Faculdade aonde estudava. Em 1997 rodou o curta-metragem “Uma Estrela de Quatro Pontas”, 20 min, ficção, 35 mm, que participou do II Brazilian Film Festival. E desde então, vêem realizando filmes...

1. MANGUEIRA POR ELA MESMA – Documentário - ANO 1996
2. UMA ESTRELA DE QUATRO PONTAS - Curta-metragem - ANO 1998
3. SALTO ALTO – Documentário - ANO 2000
4. OUTROS OLHOS – Documentário - ANO 2001
5. FOLIAR – Documentário – ANO 2002
6. GUETO DA AMÉRICA – Documentário – ANO 2004
7. FOLIAR BRASIL – Longa Metragem Ficção – ANO 2006
8. O REI DA MUNGANGA – Longa-Metragem Doc - ANO 2009


Como você vê a nova produção cinematográfica nacional?

Vejo que podemos crescer muito mais e democratizar cada vez mais o acesso a realização e a exibição de filmes brasileiros! Pois uma casa sem espelho é como uma pessoa sem saber o seu valor, por isso é necessário que o Brasil se mostre e se entenda através de sua cultura, realizando assim, um grande mercado de entretenimento e que possa ser mais um braço de força da nossa cultura!

Quais dicas você da para quem pretende seguir a carreira de cineasta?
Tem que começar a fazer seus próprios projetos, rodar mesmo! Acreditar no seu potencial e correr atrás... Buscar ler sobre o assunto, participar de festivais workshops e tentar trabalhar mais no mercado, como estagiário! Saber das leis de incentivo a cultura e dos apoios que o estado e o governo federal dão a filmes...

Quais dicas para pessoas que apreciam o cinema nacional?
Continuar prestigiando os filmes, e solicitando que haja mais distribuidoras de filmes brasileiras, e que acabem as distribuidoras americanas que dominam culturalmente o nosso mercado! Onde temos que engolir a cultura deles, sem ao menos perguntarmos se queremos ou não saber do país deles!!!

Atualmente quais filmes você esta produzindo?
Estou lançando O Rei da Munganga, documentário, 70 min, sobre a vida e obra do cantor paraibano Genival Lacerda. E trabalhando no meu novo longa de ficção “SUBÚRBIO”, 80 min, que será rodado ano que vem no Rio de Janeiro.

Como avalia o sucesso de “O Rei da munganga” e como foi produzir este documentário com o cantor Genival Lacerda, “seu Vavá”?

Genival Lacerda é uma grande figura brasileira. Na verdade ele é a própria cultura do Nordeste. Com isso, o documentário além de falar de sua vida, mostra a força da cultura brasileira! Esses dias soube que “O Rei da Munganga” está sendo pirateado no Rio de Janeiro, e pelo jeito no Brasil! Tudo começou quando ele fez o meu longa de ficção “Foliar Brasil” como o coroné João; me encantei com ele, e no ano seguinte fui ver o São João de Aracaju e decidi rodar um documentário sobre ele!

Você prefere documental ou ficção?

Sinceramente, prefiro ficção, mas gosto de sempre misturar a ficção com a realidade, botar personagens fictícios em situações reais, que foi o caso do “Foliar Brasil”.

Para finalizar deixe uma mensagem para os cinéfilos de plantão.
Glauber Rocha, o nosso grande cineasta brasileiro, que saiu da Bahia para o mundo, já dizia: “- Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão, já basta para rodar um filme!”. O negócio e se organizar, fazer uma boa pré-produção, ter coragem e fazer seu filme!

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